O filme conta a história de uma criança que sofre com dislexia e não é compreendida pelos professores e pais - Ishaan Awasthi, de 9 anos. De acordo com os pensamentos da psicologia do desenvolvimento humano, o garoto estaria em sua terceira infância (de 6 a 12 anos). Um dos marcos fundamentais dessa fase é o início da escolarização, e Ishaan se encontra em seu terceiro período escolar (no sistema educacional indiano), tendo repetido uma vez e com risco de reprovar novamente.
De uma maneira geral, mesmas fases
vivenciam mesmos ou parecidos processos e transformações, onde as esferas do
desenvolvimento humano se dividem em: desenvolvimento físico e motor; cognitivo;
afetivo- emocional; e social.
No desenvolvimento físico e motor ocorre
um aprimoramento das habilidades da segunda infância, como refinamento da
coordenação motora grossa e início da coordenação motora fina, para escrever
por exemplo.
No desenvolvimento cognitivo, as crianças
estão em sua fase operante concreta, de acordo com Piaget. Assim, são capazes
de uma melhor compreensão dos conceitos espaciais, de causalidade, de
categorização, de conservação, de reversão e de número.
No desenvolvimento afetivo-
emocional as crianças desenvolvem o conceito de si, por isso o que seus amigos,
professores e pais falam é muito importante para que ela se sinta aceita ou rejeitada
pela sociedade.
Por fim, no desenvolvimento social existe
a necessidade de amizade e convívio com os colegas, que leva a brincadeiras
coletivas e de grupos homogêneos. Por isso, reciprocidade, solidariedade e
cooperação são sentimentos que devem ser promovidos e valorizados.
Embora a maioria das crianças apresentem
esse desenvolvimento em sua terceira infância, é importante ressaltar que o
desenvolvimento depende da história e do contexto, ou seja, está diretamente
relacionada às experiências proporcionadas pela família, pela escola e por sua
individualidade. No caso, Ishaan possuía dislexia, apresentando grande
dificuldade em escrever, em diferenciar signos e, consequentemente, em ler - as
letras dançam em sua frente, como dizia – assim, muitas vezes se sentia a parte
do ambiente escolar.
Felizmente, seu professor substituto de
artes percebe sua necessidade de adaptação na pratica escolar, entendendo o
aluno. Seu plano foi comparar grandes pessoas do passado - que apresentavam a
mesma dificuldade - e mesmo assim, se tornaram destaque e referência mundialmente.
Desse modo, o cenário começa a mudar a partir desse professor que acredita em
diferentes habilidades e maneiras de aprender, superando suas próprias
limitações.
Diante
disso, o filme nos transmite a mensagem de quão importante e necessário é um
educador que acredite no potencial dos seus alunos e esteja disposto a adaptar
suas metodologias de ensino. Portanto, nós enquanto professores, devemos
investir em métodos ativos e individualizados, ampliando nossa maneira de
enxergar o educando, para assim, compreender, respeitar, integrar e valorizar a
diferença de nossos alunos.
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